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21/11/2022 às 13h26min - Atualizada em 21/11/2022 às 13h26min

Trocando a Copa em miúdos

É um evento para poucos, graças aos preços altíssimos

Ilustração Revista Piauí

Por Revista Piauí

A Copa do Qatar começou do mesmo jeito que foi organizada: cercada de polêmicas. Dois dias antes da abertura, o país endureceu as regras e proibiu a venda de cerveja no entorno dos estádios. Com o consumo de álcool bastante restrito, o Qatar tem a cerveja mais cara do mundo – é quatro vezes mais cara que no Brasil. É um evento para poucos, graças aos preços altíssimos. Para um brasileiro viajar com passagem e hospedagem, o pacote para ir à Copa sozinho e ver sete jogos da seleção até a final compraria três motocicletas. 

Um pacote de viagem para ir à Copa no Qatar sozinho custa R$ 37 mil. Isso inclui passagens de ida e volta, hospedagem com trinta diárias e ingressos para sete jogos, sendo três na fase de grupos e quatro no mata-mata. Não foram contabilizadas refeições nem transporte dentro do país, o que faria o preço aumentar ainda mais. Com o valor dessa viagem, seria possível comprar três motocicletas Honda CG 160 Start, modelo mais vendido no Brasil. 

O ingresso mais barato da Copa do Mundo de 2022 é para os jogos da fase de grupos e custa R$ 365. Para acompanhar as oitavas de final, é preciso desembolsar R$ 512. Na fase seguinte, quartas de final, o ingresso sai por R$ 1 mil. A semifinal custa R$ 1,9 mil. Já a final vale R$ 3,2 mil – um aumento de 782% em relação ao ingresso mais barato do campeonato. A conversão de moedas foi realizada no site do Banco Central no dia 17 de novembro.

A camisa oficial da seleção brasileira para torcedor custa R$ 349,90 e equivale a 28,9% do salário mínimo do país. Entre as seleções campeãs que vão participar do Mundial – apenas a Itália não disputará –, o Brasil tem a segunda camisa mais cara em relação ao salário mínimo nacional. Apenas a Argentina (29,4%) está na frente.

A delegação do Brasil levou 5,5 toneladas de bagagem para a Copa no Qatar. Dentro das malas, a seleção viaja com 930 camisas para os jogadores, sendo 700 amarelas (titulares) e 230 azuis (reservas) – em um cálculo que prevê a participação até a final. Seria possível comprar 8 carros Gol com o valor total das camisas – cada uma custa cerca de R$ 699,99.

Há oito anos, a Copa do Mundo realizada no Brasil contou com doze cidades-sedes espalhadas pelo país. Em 2018, onze cidades russas sediaram o torneio. Agora, apenas cinco vão receber jogos do Mundial e, por causa da curta distância entre elas, é possível assistir vários jogos no mesmo dia. Percorrer todas as cidades-sedes do Qatar leva aproximadamente 96 km – uma viagem de São Paulo a Campinas.

O Qatar é o atual campeão da Copa do Mundo da cerveja mais cara. Uma garrafa de 330 ml custa pelo menos R$ 61 no país-sede. Logo atrás estão a Jordânia (R$ 51) e a China (R$ 42). No Brasil, o preço médio da cerveja é R$ 14 – valor quatro vezes menor que o do Qatar, onde o consumo de álcool é bastante restrito. A conversão de moedas foi realizada no site do Banco Central no dia 18 de novembro.

Será a primeira Copa do Mundo com a participação de mulheres no quadro de árbitros. O evento contará com seis mulheres, o que representa uma porcentagem ainda baixa, cerca de 5% do total. O quadro de árbitros da Fifa é consideravelmente mais diverso em termos de gênero, já que elas representam 26% dos árbitros.

Fontes: Fifa, OCDE, Governos de Argentina e Uruguai, Adidas, Puma, CBF,  Nike, Fipe, Google Maps, World Beer Index, Expensivity

Com informações Revista Piauí


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