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25/11/2022 às 16h56min - Atualizada em 25/11/2022 às 16h56min

Ataques em duas escolas em Aracruz (ES) deixam 3 mortos e 11 feridos

Estudantes relatam pânico enquanto atirador agia na cidade capixaba

Imagem: Reprodução/TV globo
Folha de São Paulo - Ataques a tiros em duas escolas, uma pública e uma particular, em Aracruz, no Espírito Santo, deixaram 3 mortos e 11 feridos na manhã desta sexta-feira (25).

O governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que os ataques foram registrados nas escolas Primo Bitti e Centro Educacional Praia de Coqueiral, ambas na mesma avenida no município de 104 mil habitantes no interior capixaba.

Policiais militares, civis e o Corpo de Bombeiros atendem a ocorrência. Casagrande informou ter determinado a ida dos secretários de Segurança e Educação para a cidade.

De acordo com o secretário da Segurança Pública e da Defesa Social do Espírito Santo, Marcio Celante, em uma escolas foram 11 vítimas, sendo duas mortas e nove atingidas por disparos.

A ação ocorreu dentro da sala dos professores. Todas as vítimas eram docentes.

Depois do ataque inicial, ele se deslocou para a outra escola, onde fez outras três vítimas. Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas na ação. A polícia ainda busca entender como ocorreu esse segundo caso.

Familiares foram até o local para fazer o reconhecimento do corpo e identificaram a jovem como Celena Sagrillo Zucolotto, 12, aluna do sexto ano.

Em suas redes sociais, o governador Renato Casagrande postou que equipes de segurança alcançaram o autor do atentado, sem fornecer mais detalhes.

Já a assessoria de imprensa da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Espírito Santo confirmou a detenção de um suspeito pelo ataque. A PRF, conforme o texto, estava no local dando apoio às outras instituições.

TERROR

Alunos das duas escolas atacadas pelo atirador relatam pânico e correria enquanto o criminoso efetuava os disparos.

De acordo com alunos, alguns estudantes chegaram a pular o muro da escola para fugir do atirador —um deles, inclusive, fraturou uma das pernas durante a fuga.

"O recreio tinha acabado. Foi quando eu escutei dois disparos. Um amigo foi ver o que era e viu um cara estranho na rampa da escola, subindo para o segundo andar. Todo mundo saiu correndo. Quando passei por ele, vi ele efetuando um disparo. Foi muito desespero, correria, uma situação horrível por não saber se meus amigos estavam vivos", disse o estudante Guilherme Loureiro, 16, que conhecia a aluna que foi morta.

Ele disse ainda que será difícil voltar para a escola e que a estudante era muito querida por todos. "Hoje mesmo eu havia conversado com ela."

Na porta da escola, enquanto a perícia da Polícia Civil fazia o trabalho, estudantes e pais de alunos ainda estavam em choque.

Uma estudante de 17 anos, que pediu para não ser identificada, contou que as crianças eram as mais assustadas, chorando e pedindo pelos pais o tempo todo.

Ela conta que estava no pátio quando escutou o tiro e o professor mandou todos correrem.

Conforme o secretário, o autor dos tiros estava com o rosto coberto e vestido com uma roupa camuflada. Ele teria usado uma pistola semiautomática para cometer os crimes, além de carregadores.

"Informações preliminares, inclusive através de imagens, [indicam que] ele estava sozinho. Ele arrombou um cadeado para ter acesso à escola. E próximo a esse acesso do portão estava a sala dos professores. Ele teve acesso direto à sala dos professores naquele momento do intervalo e assim surpreendeu, infelizmente, e vitimou nove professores, que foram socorridos, e dois foram a óbito", disse Celante.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se solidarizou nesta sexta-feira com os familiares das vítimas dos ataques às escolas e disse apoiar o governador Casagrande na apuração do caso e amparo para as comunidades atingidas.
 

Policiais de Vitória, capital do estado, foram acionados para auxiliar nas buscas do atirador. Dois helicópteros da Polícia Militar auxiliaram na busca pelo criminoso, que se concentraram no município de Aracruz.

A ação também ganhou o apoio da Polícia Rodoviária Federal para fazer o cerco nas rodovias federais que cortam o estado.

Fonte: Folha de São Paulo
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