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23/11/2022 às 19h55min - Atualizada em 23/11/2022 às 19h55min

Lula tem encontro reservado com Barroso, que vai presidir o STF em outubro de 2023

Alvo preferencial de ataques de Jair Bolsonaro, magistrado também votou contra teses defendidas pelo PT

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Painel Folha de São Paulo - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um encontro reservado em São Paulo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

A conversa girou em torno de temas institucionais: o magistrado assumirá a presidência da Corte em outubro de 2023.

Procurado pela coluna, Barroso não quis se manifestar.

Lula já tinha visitado o tribunal no dia 9 de novembro, em uma reunião registrada pela imprensa. Na ocasião, foi recebido por dez magistrados —o único ausente foi Barroso, que estava viajando. Agora, os dois tiveram a oportunidade de se encontrar.

Barroso foi indicado para o STF por Dilma Rousseff (PT) em maio de 2013. Na época, ele já era um renomado advogado, e defendeu casos de grande repercussão, como o que autorizou pesquisa com células-tronco embrionária, o direito à união de pessoas do mesmo sexo e a proibição do nepotismo.

Apesar de visões gerais convergentes com as do governo da época nestes temas, o ministro deu votos que contrariaram o PT em diversas ocasiões, especialmente na área penal.

Ele foi contra, por exemplo, o fim da possibilidade de prisão depois de julgamento em segunda instância —que permitiria que Lula fosse libertado, como acabou ocorrendo.

As divergências geraram críticas de apoiadores de Lula. Mas elas nunca descambaram para ataques pessoais ou institucionais, o que, segundo interlocutores de ambos, facilita hoje a abertura de um diálogo institucional.

Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), elegeu Barroso como um de seus alvos preferenciais quando posições que defendia foram contrariadas pelo magistrado.

Os ataques se intensificaram quando Barroso presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendendo a integridade das urnas eletrônicas e se contraponto a discursos golpistas de Bolsonaro, que atacava o sistema eleitoral.

Lula pretende conversar diretamente com outros magistrados do Supremo, segundo aliados.

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), que acompanhou Lula na visita ao STF no começo do mês, afirmou depois à imprensa que a "era de ataques" aos magistrados da Corte "acabou".

Fonte: Painel Folha de São Paulo

 

 


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