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09/11/2022 às 19h30min - Atualizada em 09/11/2022 às 19h30min

Lula se reúne com todos os ministros do STF e é ovacionado na saída

Lula foi recebido pelos 11 ministros da Suprema Corte

Imagem: Secom STF/Reprodução
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sua intensa agenda de trabalho em Brasília, se reuniu na tarde desta quarta-feira (9) com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, em um encontro que contou com a presença de todos os 11 ministros da Corte. 

"Hoje em Brasília, seguindo o diálogo com presidentes dos poderes, me reuni agora à tarde com a presidenta do STF, Rosa Weber, e ministros da Corte Suprema", escreveu Lula ao divulgar uma foto da agenda em suas redes sociais. 

O encontro já é considerado histórico por ser um retrato da volta por cima do petista, que já esteve no banco dos réus por um julgamento irregular que o levou à prisão e, agora, é recebido como presidente eleito por todos os integrantes da Corte que representa a instância máxima do Judiciário brasileiro. 

Segundo o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), que esteve presente no encontro, a reunião "é um sinal histórico de que o momento de confrontação entre os poderes ficou para trás e nós estamos reestabelecendo o princípio constitucional da harmonia entre os poderes. O presidente Lula enfaticamente declarou esse desejo de normalidade, de paz". 

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Lula sendo cumprimentado pelos ministros do STF e também sendo ovacionado por apoiadores ao deixar o local da reunião. 
 


Respeito às instituições

Na saída do Tribunal Eleitoral, Lula disse que respeita as instituições. Segundo ele, “foram atacadas em uma linguagem nem sempre recomendada”. O petista se refere aos atritos do governo de Jair Bolsonaro (PL), que termina no fim deste ano.

“Vim aqui para dizer do nosso respeito pelas instituições”, declarou Lula. “Não há tempo para vingança, não há tempo para raiva, não há tempo para ódio”, disse ele. “Esse país vai voltar à normalidade”, afirmou o presidente eleito.

Mais cedo, o petista se encontrou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na Residência Oficial. Chegou às 10h15 e saiu às 11h50. Depois, almoçou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na residência oficial da Casa Alta. Antes de ir ao TSE, reuniu-se com 10 ministros da Corte à tarde, no STF. Só não participou Roberto Barroso, que está no Egito para a COP27.

O presidente eleito, desde sua campanha, busca transmitir uma imagem de estadista. Os gestos desta 4ª feira fazem parte desse movimento.

No caso dos encontros com Lira e Pacheco, o petista também busca estreitar relações para destravar a PEC (proposta de emenda à Constituição) que, se aprovada, permitirá que ele fure o teto de gastos para bancar promessas de campanha.

A aprovação da proposta, que ainda não foi divulgada nem teve um valor definido, antes da posse de Lula é um dos meios possíveis para manter o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 no início do próximo ano.

No fim do dia, o petista disse que não interferirá nas eleições para presidentes de Senado e Câmara. “Quem ganhar as eleições será presidente e é com ele que eu e o Alckmin vamos ter que nos relacionar”, declarou.

A declaração é importante porque Arthur Lira foi o principal aliado de Bolsonaro no governo e tentará reeleição. É o candidato mais forte, mas sua reeleição será mais difícil se Lula colocar o peso do governo federal para tentar eleger outro presidente da Câmara.

Fonte: Revista Fórum/Poder 360
 

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