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01/07/2022 às 10h46min - Atualizada em 30/06/2022 às 11h24min

Entre 2019 e 2021, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha de pobreza no Brasil, diz FGV

As únicas quedas de pobreza ocorreram em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais)

RTV Cris Sekeff - rtvcrissekeff.com.br
Os estados mais pobres do Brasil estão nas regiões Norte e Nordeste Getty Images
O contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número de 2021 corresponde a 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia.  A pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica da PNADC em 2012, perfazendo uma década perdida. 

Entre 2019 e 2021, período que inclui o período mais agudo da pandemia, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha de pobreza no Brasil. Com isso, o país alcançou a inglória marca de 62,9 brasileiros com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais.

Ou seja, atualmente, 29,62% da população do país é considerada pobre. De acordo com dados do Mapa da Nova Pobreza, divulgado nesta quarta-feira (29) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social, este é o maior patamar de pessoas em situação de pobreza desde o início da série histórica, em 2012.

O levantamento também mostrou o avanço da pobreza por regiões. Os estados mais pobres do Brasil estão nas regiões Norte e Nordeste. O Maranhão é o que apresenta o maior número de pessoas cuja renda domiciliar per capita é de até R$ 497 por mês, com 57,90%, mais da metade dos maranhenses, nessa condição.

Depois aparecem os estados do Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%), Pernambuco (50,32%) e Sergipe (48,17%). Todos os 16 estados do Norte e Nordeste possuem percentual maior de pessoas pobres do que a média brasileira (29,62%).

Já a Unidade da Federação com a menor taxa de pobreza em 2021 foi o de Santa Catarina (10,16%). Depois aparecem o Rio Grande do Sul (13,53%), Distrito Federal (15,70%), Paraná (17,60%) e São Paulo (17,8%). Em compensação, explicitando as diferenças regionais entre o Norte e o Sul do país, todos os estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste estão abaixo da média de pobreza nacional.

Segmentando ainda mais a pesquisa, a FGV Social apontou que as regiões com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense com 72,59%, já a menor está no município de Florianópolis com 5,7%. “Uma relação de 12,7 para um refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira”, destacou o relatório.

Ao longo da pandemia, considerando entre 2019 e 2021, em aumento da pobreza por pontos percentuais (p.p.), o maior avanço ocorreu em Pernambuco, com incremento de 8,14 p.p. Depois aparecem Rondônia (6,31 p.p), Espírito Santo (5,92 p.p), Bahia (4,90 p.p) e Minas Gerais (4,61 p.p). A média nacional é de 4,06 pontos percentuais em relação ao avanço do número de pessoas pobres.

No sentido contrário, as únicas quedas de pobreza ocorreram em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais). Os estados em que aumentou a população pobre, mas de forma menos acentuada, foram o Pará (0,12 p.p), Acre (0,15 p.p), Rio Grande do Sul (0,94 p.p), Alagoas (1,88 p.p) e Santa Catarina (2,23 p.p).

Série histórica do percentual de pobreza (dados FGV Social)
  • 2021 – 29,62% da população na linha de pobreza
  • 2020 – 25,08% da população na linha de pobreza
  • 2019 – 26,05% da população na linha de pobreza
  • 2018 – 26,86% da população na linha de pobreza
  • 2017 – 26,79% da população na linha de pobreza
  • 2016 – 26,51% da população na linha de pobreza
  • 2015 – 24,93% da população na linha de pobreza
  • 2014 – 23,72% da população na linha de pobreza
  • 2013 – 25,48% da população na linha de pobreza
  • 2012 – 27,36% da população na linha de pobreza

Fonte: FGV/CNN
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