Universo Piauí Publicidade 1200x90
23/06/2022 às 19h20min - Atualizada em 23/06/2022 às 19h15min

Piauí teve maior queda de trabalhadores em alojamento e alimentação da história

A queda foi de -16,3% entre 2019 e 2020, conforme os dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE)

RTV Cris Sekeff - rtvcrissekeff.com.br
Foto: Reprodução
No primeiro ano da pandemia de Covid-19, ocorreu a maior redução de pessoas ocupadas em atividades de alojamento e alimentação já registrada no Piauí. A queda foi de -16,3% entre 2019 e 2020, conforme os dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além de ter sido a maior queda, foi também a segunda redução registrada entre os anos de 2006 e 2020. A primeira variação negativa de trabalhadores do setor foi registrada entre 2015 e 2016, com redução de apenas -0,4%. Em todos os outros períodos, houve aumento de pessoal ocupado em atividades de alojamento e alimentação no Piauí.

A quantidade de trabalhadores em atividades de alojamento e alimentação caiu de 17,3 mil em 2019 para 14,5 mil em 2020, no Piauí. Ou seja, no setor, quase 3 mil pessoas perderam suas ocupações durante o primeiro ano de pandemia.

A redução foi ainda maior quando considerado apenas o pessoal ocupado assalariado do setor – o total de trabalhadores inclui também os sócios e proprietários. A baixa foi de -19,5% entre os assalariados.

Consequentemente, também houve queda no montante gasto com pagamentos de salários e outras remunerações. Enquanto a quantia foi de R$ 210 mil em 2019, o valor caiu para R$ 140 mil em 2020, redução de R$ 70 mil no período, o equivalente a -33,2%.

As organizações que atuam com atividades de alojamento e alimentação também tiveram os menores salários médios do Piauí em 2020. O valor médio pago por pessoa assalariada foi de R$ 880,23, quantia -63,4% inferior à média geral do estado, que foi de R$ 2.407,53. O setor também teve a maior queda no salário médio entre 2019 e 2020 no estado: a redução foi de -26,2%. A diminuição no salário médio geral do Piauí foi de apenas -2,8% no período.

O CEMPRE é divulgado anualmente e reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações formalmente registradas no Brasil. Ou seja, apresenta dados das entidades inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e de suas respectivas unidades locais, que são identificadas pelo sufixo do CNPJ.

Apesar do aumento de organizações, houve queda de trabalhadores e salários em 2020

Entre os impactos deixados no primeiro ano da pandemia de Covid-19, está a redução, de modo geral, no número de trabalhadores e de salários no Piauí. Ainda assim, a quantidade de unidades locais – endereços de atuação de empresas ou outras organizações públicas e sem fins lucrativos – cresceu entre 2019 e 2020. É o que mostra o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Passou de 52 mil para 54 mil o número de unidades locais em atuação no Piauí entre 2019 e 2020, um aumento de 5,2%. Enquanto isso, no mesmo período, a quantidade de pessoas ocupadas foi de 515 mil para 500 mil, redução de -2,8%. Já o montante gasto com o pagamento de salários e outras remunerações caiu de R$ 14,1 bilhões para R$ 14,0 bilhões, queda de -0,73%.

Os dados da pesquisa indicam que o aumento de unidades locais ocorreu devido à entrada de pessoas ocupadas como sócios e proprietários, contingente que cresceu 4%. Isso aponta para o surgimento de microempresas. Por outro lado, o pessoal assalariado reduziu -3,7% entre 2019 e 2020. Juntos – sócios e proprietários e o pessoal assalariado compõem o conjunto total de trabalhadores do CEMPRE.

No Brasil, o cenário foi semelhante entre 2019 e 2020. Reduziu de 53,2 milhões para 52,6 milhões o número de pessoas ocupadas em organizações formalmente registradas, uma variação de -0,98%. Já o montante pago a título de salários e outras remunerações foi de R$ 1,82 trilhão para R$ 1,80 trilhão, decréscimo de -0,83%. Por outro lado, a quantidade de unidades locais em atividade passou de 5,7 milhões em 2019 para 5,9 milhões em 2020, crescimento de 3,4%.

Conforme a pesquisa, no país, o aumento de unidades locais também se deve ao ingresso de trabalhadores nas condições de sócios e proprietários. Enquanto o número de pessoal assalariado teve redução de -1,8%, a quantidade de sócios e proprietários cresceu 4,3% entre 2019 e 2020.

Fonte: IBGE

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://universopiaui.com/.
Fale pelo Whatsapp
Obrigado por acessar nossa página.
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp