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18/06/2022 às 11h52min - Atualizada em 17/06/2022 às 16h00min

Integrantes do governo admitem que Bolsonaro pode atuar para barrar eleições em risco de derrota iminente

A crescente irritação de Bolsonaro e suas declarações são apontadas por esses auxiliares como reflexos de um “cenário trágico”

RTV Cris Sekeff - rtvcrissekeff.com.br
Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Não se trata mais de uma avaliação externa. Membros do governo Bolsonaro admitem que há riscos de o presidente entrar em campo para tentar cancelar a realização das eleições de outubro, caso realmente acredite que perderá. A crescente irritação de Bolsonaro e suas declarações são apontadas por esses auxiliares como reflexos de um “cenário trágico”.
 

Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que Bolsonaro acredita que será reeleito. O presidente costuma citar a recepção que tem recebido em agendas que faz pelo país e as cita como suposto termômetro de vitória nas eleições. Aos aliados mais próximos, porém, já confidenciou que sua ameaça de suspender a realização das eleições é uma hipótese real. 

Em conversas privadas, o presidente usa o mesmo argumento falso que já reverberou publicamente em outras ocasiões, falando que, “se não tiver certeza que as eleição serão limpas”,  estas não acontecerão. Nestes diálogos a portas fechadas, Bolsonaro sinaliza acreditar em um apoio das Forças Armadas nesta ruptura.

Ministros relataram à coluna que Bolsonaro está em um “momento raivoso”, de sobressaltos e que veem a adoção das sugestões feitas pelas Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições como um caminho para esvaziar qualquer pretensão golpista do presidente. A corte já acatou total ou parcialmente dez de 15 propostas feitas pelos militares. 

Desde o fim de 2021, as Forças Armadas passaram a questionar a segurança das urnas e a colocar o processo eleitoral em xeque, em sintonia direta com Bolsonaro. Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, enviou um ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, no qual pede uma reunião entre técnicos das Forças Armadas e da corte. O documento adota um tom mais ameno que os anteriores, que chegaram a dizer que os militares não se sentiam “prestigiados” no debate sobre o processo eleitoral. Uma agenda entre técnicos das Forças Armadas e do TSE já ocorreu no fim do ano passado. 

A despeito do clima de animosidade, membros da cúpula das Forças Armadas têm enfatizado publicamente que respeitarão o resultado das eleições e que não participarão de aventuras golpistas.  

Fonte: O Globo


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